“A função da escola maternal não é ser um
substituto para uma mãe ausente, mas suplementar e ampliar o papel que, nos
primeiros anos da criança, só a mãe desempenha. Uma escola maternal, ou jardim
de infância, será possivelmente considerada, de modo mais correto, uma
ampliação da família ‘para cima’, em vez de uma extensão ‘para baixo’ da escola
primária.”
(WINNICOTT, 1982, p. 214)
“As tarefas
das crianças pequenas nas creches e pré-escolas são muitas e de grande
importância para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e o principal
instrumento de que utilizam são as brincadeiras. Nesses locais, elas têm de
aprender a brincar com as outras, respeitar limites, controlar a agressividade,
relacionar-se com adultos e aprender sobre si mesmas e seus amigos, tarefas
estas de natureza emocional.
(...)
O fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas se sintam importantes, livres e queridas.”
O fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas se sintam importantes, livres e queridas.”
(LISBOA,
2001)
“Chega ao
colégio e – surpresa! – pedem-lhe que faça um navio.
A coisa que ele mais
gosta: desenhar. Faz um navio lindo, redondo como a lua, cheio de árvores no
interior e com dois bichos nadando – elefantes, diz ele. A professora olha a
obra de arte, pergunta o que é e recebe a resposta:
‘Um navio!’ Carinhosamente,
a professora vai até o quadro e desenha um navio clássico, com velas, proa e
popa, um digno navio de adulto, e diz:
‘João Paulo, isto é um navio e elefante
não nada!’ João Paulo havia feito um navio original, diferente dos outros,
lindo, nunca feito por alguém. Havia criado o primeiro navio redondo, e a professora,
que seguramente não havia lido O
Pequeno Príncipe, deu-lhe uma lição de
como as pessoas devem ser bitoladas desde criancinhas.”
(LISBOA,
1998, p. 15)
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