A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
“Ao
brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira,
executando, imaginariamente,
tarefas para as quais ainda não está apta ou não
sente como agradáveis na realidade”.
(Vygotsky)
(Vygotsky)
Segundo Jean Piaget: “A infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano”, então
toda essa criatividade e energia que as crianças possuem podem ser
direcionadas e mediadas por um professor que oriente seus alunos a
aprender de forma lúdica, utilizando diversos recursos em suas aulas
para tornar a escola um lugar em que se pode aprender brincando.
Para saber mais:
http://centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com.br/2015/03/a-importancia-do-brincar.html
9 dicas especiais para contar histórias
Contar histórias para crianças é tão importante para a sua formação
que diversas pesquisas apontam para resultados surpreendentes dessa prática.
Nos Estados Unidos pediatras passaram a receitar a narração de histórias e
poesias até para bebês no útero! Professores precisam trabalhar o mergulho na
magia das histórias com suas crianças.
Mas é preciso ser profissional ou ter esse dom?
Mas é preciso ser profissional ou ter esse dom?
Contar histórias é uma das artes da palavra.
Muitos contadores usam a própria experiência e intuição para transmitir
o que viveram. Outros buscam aprendizados para desenvolver sua arte. Leem
muito, estudam a língua e, às vezes aprofundam-se nas técnicas de
representação. Os atores que encenam histórias, o fazem com um texto formatado,
independente do tipo de plateia presente. Já o contador precisa levar em conta
a presença e a personalidade de sua audiência.
Apesar da carência na formação de alguns professores, podemos seguir
alguns conselhos preciosos dos especialistas desse oficio, exercitar e
desenvolver um jeito prazeroso e nosso de proporcionar vivências tão
fundamentais para o universo infantil.
DICAS GARIMPADAS
1- Escolha das histórias
Os livros e histórias sugeridos pelas crianças são um passo em direção a
uma plateia interessada. Mas selecionar histórias que despertem a vontade de
contar no contador é importante para o bom resultado final. Quando uma história
se conecta com que vai conta-la ela passa a ser interiorizada e sentida como
pertencente!
Para crianças menores, de 1 a 2 anos, ou para introduzir o grupo no
mundo das histórias, é importante selecionar livros com histórias e ilustrações
de boa qualidade. Histórias com textos que se repetem favorecem a compreensão.
As crianças gostam especialmente de histórias de animais.
2- Conhecer para narrar
Às vezes temos que pegar um livro novo e contar de supetão para a turma,
sem mesmo tê-lo lido ou folheado. Essa forma de contar histórias geralmente
traz insegurança para quem conta e nem sempre prende a audiência. Mas acontece!
Se pudermos nos preparar para o momento, os resultados serão
infinitamente melhores. Ler o livro ou história com antecedência, praticar a
narração e pensar nos momentos chave ampliam a experiência. Vale também fazer
uma possível “tradução” de partes complicadas para a faixa etária, programar
cenas com a participação dos pequenos e organizar materiais que podem
enriquecer a narrativa.
Não é necessário decorar a história. Aliás, quando disponível, o livro
deve estar presente para se fazer ver e reconhecer pelas crianças. Ao final da
narrativa, deixe os pequenos manusearem o livro e incentive conversas e o reconto
por parte deles.
Após um período de ambientação com a leitura e contação, à medida que os
pequenos vão ampliando o vocabulário e ficando mais entusiasmados e
concentrados, as histórias selecionadas podem ser mais longas e complexas.
3- Espaço
A escolha e organização do espaço físico para o momento de ouvir
histórias é relevante. Algumas questões podem encaminhar a decisão:
O local favorece o conforto das crianças?
É possível falar e ser ouvido com clareza, sem a interferência de
barulhos?
O ambiente inspira?
(disponibiliza almofadas, sofás, colchonetes, bebê conforto, a sombra de uma
árvore, um pano para colher o grupo ao sentar-se sobre ele…).
Posicionar os pequenos em semicírculo pode favorecer as relações e os
momentos de participação e diálogo durante o desenvolvimento da história. Outra
dica é ficar próximo aos pequenos e posicionar-se distante de espelhos e janelas
para não dividir atenções.
Todos devem poder visualizar o livro, quando utilizado, e as figuras. A capa, o título e o autor podem ser apresentados no início.
Todos devem poder visualizar o livro, quando utilizado, e as figuras. A capa, o título e o autor podem ser apresentados no início.
4- Materiais
A roupa do contador pode sinalizar o momento específico de entrar no
universo das histórias. Escolher um chapéu, uma varinha de condão, uma capa,
pode criar um ritual para marcar a atividade.
Pequenos objetos sonoros utilizados pelo contador também podem contribuir com pausas e momentos encantados, dramáticos etc.
Pequenos objetos sonoros utilizados pelo contador também podem contribuir com pausas e momentos encantados, dramáticos etc.
Distribuir objetos sonoros para as crianças utilizarem em algumas cenas
(imitar o barulho de tempestades, brigas, músicas de festas etc.) compartilha a
atuação e estimula a atenção e a participação.
Bonecos, fantoches e dedoches também são acessórios interessantes.
Bonecos, fantoches e dedoches também são acessórios interessantes.
5- Olhar
É muito importante olhar nos olhos de quem ouve as histórias, valorizando
o grupo e cada um individualmente. É esse olhar que captura a audiência e capta
os sinais de como a narração está sendo recebida. Quando utilizar bonecos e
fantoches, eles também precisam “olhar” para a audiência.
6-Voz, Gestos e Expressões
A dica importante é ser bem claro ao pronunciar as palavras. Pensar
também no ritmo da contação. Se for muito lento e com pausas prolongadas a
audiência se dispersa. Se for muito rápido, especialmente para os menores, as
crianças não conseguem acompanhar o enredo. Por outro lado, algumas passagens
especiais da história podem ser narradas mais lentamente, com certa
dramatização, gestos e até pausas para dar mais impacto às cenas.
Elementos expressivos como imitação de vozes de personagens, ruídos de animais, barulhos, expressões faciais e gestos das mãos empregadas, na hora certa, fazem a diferença.
Elementos expressivos como imitação de vozes de personagens, ruídos de animais, barulhos, expressões faciais e gestos das mãos empregadas, na hora certa, fazem a diferença.
7- Dialogar
Abrir o espaço e o tempo da contação com um diálogo sobre o autor, ou o
tema ou até uma pequena introdução que se conecta o projeto da turma pode
situar as crianças e capturar o interesse.
8- Envolvimento do grupo
Nem todas as crianças de um grupo estão na mesma sintonia, disposição e
estágio de desenvolvimento. Ao introduzir o momento de histórias e leitura, prepare-se
para contar para muitas ou poucas crianças. Apesar de convidar o grupo para a
hora da história, é possível que nem todos os pequenos queiram tomar parte da
atividade. Por isso, cantos preparados com outros livros ou um jogo de montar
são adequados. Ignore as peraltices e conte a história para os interessados sem
perder o fio da meada. É possível que os “desinteressados” passem a participar
observando o interesse do grupo.
Para envolver as crianças no relato você pode:
Pedir para que repitam algumas frases marcantes
Emitam sons que são parte do enredo: bater à porta, vento, barulhos de
animais, cantar músicas, etc.)
Convidar a turma a fazer gestos e se mover conforme a cena. Por exemplo,
um saci que pula num pé só, um leão feroz com garras, um patinho nadando na
lagoa. Um sapo que pula.
Numa cena importante causar suspense parando a narrativa e perguntando:
o que vocês acham que vai acontecer?
9- Contar e recontar
Repetir histórias e cenas queridas favorecem a apropriação, o reconto, a
“leitura” e a memorização. Ao longo da semana é importante recontar as
histórias preferidas e introduzir os livros novos.
Antes de recontar é possível estimular a oralidade e a organização
temporal dos fatos: qual a parte que mais gostaram? De quem vocês mais
gostam? De que não gostam? O que aconteceu com fulano?
Depois de trabalhar com os personagens e os acontecimentos, conte a
história novamente!
Nessa etapa do desenvolvimento infantil as histórias podem ser recontadas, em média, três vezes por semana.
Nessa etapa do desenvolvimento infantil as histórias podem ser recontadas, em média, três vezes por semana.
Histórias são parte da humanidade. Milenares, são anteriores à escrita.
Transmitem os saberes, preservando a cultura e a memórias. Todos nós
experimentamos com prazer esses momentos e percebemos o quanto eles contribuem
para o conhecimento de mundo, ampliam as possibilidades criativas e desenvolvem
as emoções. Histórias são um capítulo fundamental da infância… em quem sabe, de
toda a vida!
Fonte: http://www.tempodecreche.com.br/ampliacao-de-repertorio/9-dicas-especiais-para-contar-historias/
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