CRIANÇAS QUE MODELAM PAIS


                                  Cuidado, podem estar lhe imitando!
 

 Quando um dos nossos filhos tinha três anos de idade e mal sabia falar direito, viu o pai abrir a porta da geladeira para apanhar a manteiga.
O recipiente estava escorregadio e caiu no chão. Surpreso e chateado, meu marido soltou um palavrão, o que normalmente ele evita fazer diante das crianças. 
Poucos minutos depois, meu filho pegou um bloco de madeira, subiu no braço do sofá, jogou o bloco no chão e soltou o mesmo palavrão. 
Mesmo sem saber o que a palavra significava, ele conseguiu repeti-la, usando o mesmo tom de voz! 
Todos nós já tivemos a oportunidade de observar esse tipo de aprendizado imediato e automático nas crianças. 
Sabemos que elas aprendem e assimilam facilmente o ambiente através da observação e da repetição.
Connirae Andreas
 

TÃO BOM SER CRIANÇA

Bebes

O PAPEL DOS PAIS


    O papel dos pais é, então, estimular a brincadeira na criança, mostrar-lhe que o jogo, o movimento, o desenho ou até a leitura, podem ser tão divertidos como a televisão, o computador ou game. 


Se bem que o computador seja uma excelente fonte complementar de aprendizagem, é necessário compreender que a criança precisa de outros estímulos que passam pelo contacto com a Natureza e pelo exercício físico. 



Durante as suas brincadeiras e jogos, com uma orientação adequada, a criança pode ser estimulada a desenvolver aspectos importantes para o seu crescimento:
. desenvolvimento físico
. raciocínio lógico
. percepção sensorial
. socialização
. comunicação
. criatividade



   
É papel dos pais estimular o ato de brincar. Estimular o potencial da criança para que desenvolva uma série de capacidades que lhe são inatas. Infelizmente, nem todas as crianças têm acesso a um ambiente que estimule e favoreça o seu desenvolvimento. 

   
No entanto, como em tudo, o excesso de estímulos, em qualquer idade, pode confundir a criança.
Cada uma tem o seu próprio ritmo que deve ser respeitado.



Em Suma:

Brincar estimula os reflexos perceptivos, motores, intelectuais e sociais da criança, ajuda-a a conhecer-se a si mesma e a explorar as suas emoções. Por outro lado, auxilia a criança a tomar noção do "eu" e do "outro", e desenvolve a linguagem. 



Apenas mais uma nota:
Sempre que puder, brinque com o seu filho. Verá as boas consequências deste ato no desenvolvimento da auto-estima da criança! 

Bebes

OS PAIS DEVEM BRINCAR COM SEUS FILHOS

O hábito do convívio carinhoso acaba por criar o senso do respeito mútuo...
Muitos escritores já escreveram coisas bacanas sobre a importância das brincadeiras na infância e estou certa de que muitos pais já leram ou ouviram falar desse tema.

É brincando que as crianças vão dramatizando e entendendo o que é ser adulto. Aprendem como a sociedade funciona e espera que ela se comporte. Assim, testam regras, conceitos, leis etc. As crianças fazem da brincadeira o seu portal de aprendizado.
Os pais que não sabem como brincar com os filhos, ficam receosos de não estar realizando uma atividade pedagogicamente adequada ou por não conseguirem entrar no mundo do faz de conta. Ficam preocupados quando percebem nas brincadeiras dos filhos atitudes de ferir ou matar o outro.
No entanto, as brincadeiras também desempenham papel importante no alívio da agressividade, presente em todos nós. Brinco muito com meus filhos de Tiranossauro Rex. Acho fantástico quando eles me transformam ou se transformam nesse dinossauro feroz. Saímos aos gritos pela casa e da mesma forma fantasiosa que eles me matam me beijam carinhosamente felizes com a brincadeira.

Os filhos adoram que seus pais brinquem com eles. Pode ser de qualquer brincadeira, desde que os pais estejam presentes neste universo e não a espera do noticiário, do e-mail ou de algum adulto que venha necessitar deles.

Sabemos que nossa vida é cheia de eventos importantes que necessitam da nossa atenção. Por isso, os momentos junto aos filhos precisam ser desejados e não um compromisso com hora para começar e terminar!

Brincar também deve fazer parte da nossa vida. Quando passamos pela infância, sabíamos bem a delícia que era brincar. Depois da infância veio o quê? O fim da brincadeira. Que chato, hein?

Se você deixar a fantasia fazer parte da sua vida também poderá se beneficiar dela. Imagine fazer das pessoas e fatos que te incomodam uma caixa de marimbondos grudada na sua janela e bolar um plano infalível para retirá-la dali sem ser picado. Eu não consigo imaginar ninguém melhor do que seu filho para te ajudar nesse plano, concorda?

A necessidade de brincar é prerrogativa das crianças, mas não só delas. Podemos brincar à vontade, não é mesmo? Brincar enquanto estamos dirigindo, imaginando que somos um ser alienígena que não está entende porque os carros não acionam um botão e começam a voar. Brincar que somos o Tio Patinhas e que decidimos abrir o cofre e fazer um montão de coisas bacanas com aquele dinheiro.
Enfim, se deixarmos o "Pequeno Príncipe" que mora dentro de nós conversar conosco, estou certa que pelo menos nossa vida será recheada de maravilhosas gargalhadas. E os momentos de brincar com nossos filhos serão ansiosamente aguardados por papai, mamãe e filhinhos.

Autora: Antoniele Fagundes

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil , no qual são apresentados aspectos relativos à importância do brincar para a criança pequena:
"Ao brincar de faz-de-conta, as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar de uma forma específica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser uma personagem, que uma criança pode ser um objeto ou um animal, que um lugar “faz-de-conta” que é outro. Brincar é, assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já conhecem, utilizando a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos prévios, ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma situação imaginária nova. Brincar constituise, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata.
 
Quando utilizam a linguagem do faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens. Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência, assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos, das emoções e das construções humanas. Isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre individual e depende dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações de interação social. Por meio da repetição de determinadas ações imaginadas que se baseiam nas polaridades presença/ausência, bom/mau, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora, grande/pequeno, feio/bonito etc., as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e sentimentos, desenvolvendo um sentido próprio de moral e de justiça. (BRASIL, 1998, p. 22-23).
 
Pelo exposto, podemos notar que o brincar vem sendo apontado nas pesquisas sobre a infância como fundamental na vida das crianças. As brincadeiras devem, portanto, estar presentes nas creches e pré-escolas. Observar as crianças brincando deve fazer parte da rotina dos adultos que acompanham e orientam os processos de desenvolvimento dos meninos e meninas que frequentam as escolas de Educação Infantil

 Brincar é natural na criança; facilita o seu crescimento harmonioso; desenvolve o relação com outros; uma forma de comunicação; ajuda a aprender a resolver conflitos e a lidar com as situações.
Infelizmente, hoje em dia muitas crianças perdem demasiado tempo em frente à televisão, computador e games, deixando para trás essa parte tão saudável e divertida da infância que é o ato de brincar.

Cada idade tem um modo de brincar específico e é em cada uma dessas fases que a criança aprende a diferenciar a realidade do imaginário.

 
Aprende também a separar o seu espaço do espaço do outro e a dar novos significados à realidade que a rodeia conforme o que assimila durante as brincadeiras.

Dos 7 aos 11 anos, mais ou menos, as brincadeiras passam essencialmente pelos jogos. A forma como a criança joga revela a sua personalidade e a forma como esta está estruturada para se relacionar com o mundo, ou seja, é claramente visível nos sentimentos que o ganhar ou perder lhe provocam.

Segundo alguns investigadores canadianos, "o jogo, embora não faça milagres, pode colaborar de maneira surpreendente para que alguém se estabeleça na vida". 
Acrescentam ainda, que o jogo é uma educação para a paz, ou seja, "ao mesmo tempo que lutam e constroem batalhões com pedras de encaixar, aprendem a controlar fúrias e a descobrir novas formas de estar".

 Assim, o brincar ajuda a "descomprimir" do dia-a-dia, onde a criança tem que aprender a integrar-se nos diferentes grupos. A sua vida é orientada por regras de comportamento, e é frequentemente sujeita a repreensões e chamadas de atenção.  
 
Daí que, por vezes, os saltos, as tropelias e os excessos os ajudam a libertar tensões acumuladas e os levam à exaustão - e a uma boa noite de sono!

Cont. O MUNDO DO FAZ-DE-CONTA

No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras circunstâncias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Os heróis, por exemplo, lutam contra seus inimigos, mas também podem ter filhos, cozinhar e ir ao circo.








Ao brincar de faz-de-conta, as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar de uma forma específica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser uma personagem, que uma criança pode ser um objeto ou um animal, que um lugar “faz-de-conta” que é outro. Brincar é, assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já conhecem, utilizando a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos prévios, ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma situação imaginária nova. Brincar constituise, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata.









Cont. O MUNDO DO FAZ-DE-CONTA

Brincando, a criança entra no mundo imaginário onde ela é autora do seu script. Quando diz: “Faz de conta que eu sou o motorista”, ela passa a ser o motorista naquele momento. Ela pode entrar na fantasia, experimentar outros papéis, criar outros temas e cenários. Mas ela sabe que ela é uma criança e não um motorista. Na hora em que ela acabar a brincadeira, ela volta à realidade. (ROSSETTI-FERREIRA et al, 2007, p. 101)